sábado, 10 de julho de 2010

Sonhando de Novo...



O maior presente que o Pai Amado pode dar a uma mulher é ser mãe! È um amor sem explicação, sem dimensão, mais que perfeito! È de deixar o coração quase explodir no momento de um cheiro, de um sorriso, de um beijo gostoso...
Ser mãe, nem que seja tecnicamente, não deixa de ser mãe como diz a nossa querida Aline: “Tecnicamente, sou mãe. Gestei por 25 semanas Heitor e Maria Júlia. Mas, infelizmente, não pude ser mãe da maneira que todos esperam. Nunca os acalentei em meus braços, não os amamentei... Já se passaram 5 meses da minha tragédia e continuo viva. A dor ainda é grande. Mas, quando ela dá uma trégua, sonho em ser feliz. Sonho gestar novamente, participar do milagre de Deus e poder ter meus filhos em meus braços! Recomeço aqui a minha luta pela maternidade”.
Em seu blog (http://alimatheus.blogspot.com/) ela conta como tudo aconteceu: “Desde que eu casei, em 2005, desejava ser mãe. Mas decidi esperar um ano ou dois para começar a tentar. As dificuldades relacionada a trabalho me fizeram adiar um pouco mais esse sonho. Então me dediquei durante o ano de 2008 a preparar meu corpo para a missão. Mas só no início de 2009 comecei a tentar. No mês seguinte, estava grávida. Na primeira ultra, com pouco mais de cinco semanas descobrimos que eram gêmeos. Me senti radiante. Feliz como nunca imaginei. Tudo ia bem. Tinha engordado bem pouco. Todos os exames estavam normais. Só sentia dores na bacia e por baixo do osso público. Mas o meu médico dizia que era normal. No dia 25 de outubro de 2009, Heitor nasceu com 770gr e Maria Júlia com 600gr. Foram guerreiros. Nasceram respirando, o que deu muita esperança aos neonatologistas. Seis horas depois do parto, já estava eu na UTI visitando meus filhos. Senti um grande alívio ao vê-los. Apesar de todos os aparelhos, estavam vivos e os médicos me diziam que embora o quadro fosse grave, o desafio deles era a prematuridade, pois eles não tinha nenhum tipo de má formação. Não poderia esperar que depois de tanta felicidade, teria que viver sem eles e me conformar. Muito estranho. Não nascemos para ser felizes? Por que temos que enfrentar tantos sofrimentos? Nossa... olho ao meu redor e vejo muito mais gente sofrendo do que pessoas felizes. São perdas, doenças, frustrações... Viver não é brinquedo não. Gostaria que tivesse sido diferente, mas estou me convencendo de que o melhor que poderia acontecer aos meus filhos era viver apenas 15 dias. Afinal, o que representaria um beijo meu, diante de todas as dores que a vida pode nos causar, por anos e anos a fio. Palavras... a verdade é que queria estar com eles do jeito que fosse. Que me diga Paulina como é ter o pequeno Mateus em seus braços depois de tantos dias de angústia. Que me digam todas as mães que matam um leão por dia para dar o melhor aos seus filhos... Fiz tão pouco por eles. Aliás, não fiz nada! Uma mãezona... Será que terei outra chance???? Queria não querer... Acho que seria menos sofrido. Mas não consigo. Nunca saberemos quando todo esse sofrimento irá acabar... Só nos resta seguir e sonhar... Quem sabe seremos felizes???? Deus é quem sabe!!!!!”
Amiga Aline eu imagino realmente a imensidão da sua dor! Queria poder encontrar uma forma de dividir contigo esse sofrimento. Mas o que podemos fazer por você é fazer uma corrente de oração pedindo ao Nosso Pai Maior para que o seu sonho se realize o mais breve possível e que você possa curtir todos os momentos que a maternidade tem para te oferecer.
Quantos aos seus questionamentos eu fico com a frase da sua amiga Mariana: "Entrego meus problemas para Deus porque confio nele e aceito todas as provas que tenho que passar porque sei que um dia vou agradecer pelo crescimento que elas me proporcionaram". Que assim seja, Mariana!

Um comentário:

  1. Amei o blog, as histórias de maternidade são as que mais me interessam. Já passei por perdas, mas venci e tenho duas filhas. Enfim, o que posso fazer é desejar força e vontade pra não desistir dos sonhos.

    ResponderExcluir

Ajudando o Burro comentando!