Jerônimo Mendonça nasceu em Ituiutaba/MG, em 1939. A sua infância foi a de uma criança normal. Seus pais eram muito pobres. Já na puberdade, Jerônimo começou a sentir dores nas articulações e já aos dezoito anos andava com dificuldade. Teve vários empregos, porém as dores agravara e teve que se afastar do trabalho Foi ele balconista, entregador de jornal, redator-chefe de uma revista e professor. Após a desencarnação de sua avó, começou a se debater mentalmente no problema cruciante da morte e do destino da alma. O amigo da qual ele admirava muito que era espírita o levou a abraçar com fé e dedicação a doutrina de amor. Porém, acabou mesmo tendo que ficar numa cama ortopédica, acometido de artrite reumatóide progressiva. Permaneceu assim cerca de 32 dois anos preso ao leito, e cego durante 20 anos. Quase não dormia, aproveitou para estudar bastante o Espiritismo. Jerônimo tornou-se orador espírita. Podemos dizer que ele conseguiu transformar seu leito numa tribuna ambulante (deu palestras pelo Brasil todo) e por meio dela conseguiu realizar um grande e valioso trabalho. Fundou em Ituiutaba a creche “Pouso do Amanhecer” e ainda Centros, Lares e Comunidades Espíritas e também uma gráfica. Escreveu seis livros, entre romances e livros de poesias: “Crespúsculo de Um Coração”, “Cadeira de Rodas”, “Nas Pegadas de Um Anjo”, “Escalada de Luz”, “De Mãos Dadas com Jesus” e “Quatorze Anos Depois” O ”Gigante deitado” deu muitas entrevistas, inclusive na TV, também recebia muitas visitas, até de estrangeiros. Muita gente lhe pedia conselhos. Jerônimo foi, realmente, um gigante. E pensar que ficou totalmente paralítico, sem poder mover nem mesmo o pescoço, necessitando de quilos de peso de areia para suportar a dor, e, ainda assim, sempre sereno e resignado! Quem o conheceu afirma que ele estava sempre rindo, gostava de um bom papo e de cantar também. Jerônimo Mendonça desencarnou no dia 26 de novembro de 1989. Quase toda ela num leito de dor e, vamos dizer assim, dor e também trabalho. Dizem os experts que não havia explicação científica plausível para o fato de estar ainda encarnado. Com o agravamento da doença, seu corpo não oferecia mais as mínimas condições de vida. Seu pulso, seus batimentos cardíacos, por exemplo, em momentos de crise, não eram mais registrados pelos instrumentos da medicina, tal a sua fragilidade. E pensar que ele nunca parou de viajar, trabalhar, agir. E venceu, como ele mesmo disse em uma mensagem mediúnica enviada algum tempo após a sua desencarnação: “Sou um pássaro livre”. FATOS ENGRAÇADOS Certa vez, o Dr. Fritz disse-lhe que ele tinha a doença de três cês – cama, carma e calma. Um repórter lhe perguntou o que é a felicidade. Ele respondeu assim: “A felicidade, para mim, deitado há tanto tempo nesta cama sem poder me mexer, seria poder virar de lado”. Em outra ocasião, ele disse: “Casei-me com a Doutrina Espírita no civil e com a dor no religioso”. Amigos sempre levavam Jerônimo ao cinema para se distrair. Certa ocasião, justamente num cinema, uma moça tropeçou em sua cama e “explodiu”: “Mas não é possível! Aonde eu vou, está o aleijado! Vou a uma festa, o aleijado lá! Esse aleijado me persegue! Aonde eu vou ele está!” Jerônimo pensou consigo: “E agora?! A moça está revoltada, nervosa mesmo. Tenho que lhe dar uma resposta, mas não quero irritá-la mais ainda. O que dizer?” E saiu com essa: “Mas também, minha filha, você não pára em casa, hein!” Ela olhou-o atônita e começou a rir. Riram juntos. Ficaram amigos. Assim era o Jerônimo, sempre alegre, espirituoso, seu lema era “Não perder a calma jamais”. Certa vez a polícia estava revistando as pessoas presentes em um bar, e logo depois, seis nordestinos foram empurrados para dentro do carro-prisão. O Jerônimo, nesta altura, preocupado pensou: - “Hoje mamãe não vai ver seu filho...” Um dos soldados aproxima-se dele e passa de imediato, a revistá-lo e num dos bolsos encontrou o livro;“Coletânea de Preces Espíritas” - de Allan Kardec. Esse achado funcionou como água atirada em incêndio, o soldado tranquilizou-se. Pousou, gentil, as mãos sobre os ombros de Jerônimo e falou-lhe: - Você, meu filho, pode ir para casa; você é gente boa, carrega no bolso um livro espírita. E após a saída dos policiais ele pensou”: -Se o livro espírita já vale como precioso documento, imagine quando todos nós tivermos a legítima conduta exigida pelos nossos livros - a conduta espírita cristã.” LIVRO “ESCALADA DE LUZ” Antes de reencarnar pensou: fracassara nas tarefas da paternidade e da maternidade, ao longo dos séculos. Pedira a prova da fortuna e se trancara no egoísmo e na indiferença. Na prova da miséria e se entregara à revolta e ao inconformismo. Na da beleza física e se confiara à leviandade, pisando sentimentos. Na bênção da saúde perfeita e se lançara a desregramentos. Solicitara, por fim, a tarefa da mediunidade, e não tivera a coragem, a renúncia, a abnegação para o exercício do mandato mediúnico. Quando, de repente, ouviu uma voz a dizer-lhe: - Não adianta, meu filho, te entregares ao pranto da tristeza inútil. O melhor remédio para o fracasso é a bênção do recomeço. Volta à Terra e entrega-te ao ministério do bem incessante. Depois tornarás novamente ao mundo para compreender, enfim, que o mais alto ideal de todo espírito é viver em plenitude de caridade, pois a caridade é Deus! De "Escalada de Luz", de Jerônimo Mendonça. FRASES “Ante a sublime verdade do Espiritismo cristão, vejo e sinto que realmente a nossa vida na Terra não passa de curto aprendizado ante o infinito da vida neste Universo imenso!” “Nesta batalha (contra a doença) é preciso lutar e vencer, jamais ser vencido. Enquanto me ferem os grilhões, liberto-me do homem velho que fui, antevendo horizontes inatingidos... Onde a mestra dor dar-me-á a alforria merecida”. “A enfermidade tem o seu curso educativo. Mas é mister saber sofrer, extraindo da dor o remédio positivo para combater as enfermidades de ordem perispiritual. Abandonemos toda vaidade, antes que a vaidade nos abandone”. -Não podemos Exigir que o homem durma ladrão e acorde um Francisco de Assis, porque já fizemos tudo de mal. - Nós devemos sempre ver o lado bom das pessoas.Devemos levar em conta os benefícios que a pessoa já prestou a alguém. Estamos sempre vendo o lado menos infeliz das pessoas. São falhas humanas graves. -Nas coisa mais simples da vida é que encontramos as lições mais complexas. “Sua vida foi um hino de amor ao bem. Incansável na Seara de Jesus Ele era todo luz! A sua cama era a sua cruz E a dor intensa, a sua companheira, Mas em Jesus ele encontrou O melhor exemplo que seguiu a vida inteira. Nenhuma queixa dele se ouviu Resignado sempre até quando partiu” In poema-canção “Tributo a Jerônimo Mendonça”, de Izaias Claro E SE UM JORNALISTA TE PERGUNTASSE O QUE É A FELICIDADE PARA VOCÊ? “A felicidade, para mim, deitado há tanto tempo nesta cama sem poder me mexer, seria poder virar de lado”. ...é, as vezes precisamos olhar o outro para dar valor a nós. Reclamamos de tudo, as vezes até inconscientemente, mas estamos reclamando: seja do tempo, dos políticos, da nossa situação, do vizinho, da dor de cabeça, etc. Quando Você se depara pessoalmente com um homem chamado Jerônimo Mendonça, que começou a palestra agradecendo por ele ainda ter voz para agradecer a vida. Aquilo foi a maior PORRADA que eu tomei na minha vida. A vergonha que senti diante daquele homem foi indescritível. Daquele momento em diante, mudei totalmente o meu modo de "me sentir" perante aos outros e perante a mim, principalmente. “A Paciência é a arte de acreditar que o Pai Amado sabe o momento certo para o aprendizado perfeito...” (Ana Patrícia Feijó)
MARAVILHOSA LIÇÃO DE VIDA! QUE VERGONHA SENTIMOS AO NOS DEPARARMOS OM TAL EXEMPLO DE CORAGEM E FÉ!
ResponderExcluirOBRIGADA PO NOS DAR A CONHECER TÃO VIRTUOSO SER HUMANO!