sábado, 1 de dezembro de 2012

Elas não passam em branco




Uma exceção gritante à regra geral de que as mulheres não ficam velhas, ficam loiras. Para a grande maioria do gênero feminino que a cada vinte dias, mais ou menos, passa no mínimo uma hora diante do espelho, de casa ou do cabeleireiro, cobrindo os incontroláveis fios brancos que teimam em se multiplicar exatamente nos lugares onde ficam mais evidentes, a mera sugestão de deixá-los livres da tintura de uma vez por todas situa-se num ponto entre a piada e o horror. "As senhoras mais velhas me paravam na rua e falavam: ‘Se eu fosse você, pintava’. Até hoje, há quem diga: ‘Que bom que você pintou de novo, remoçou’", relata a atriz Glória Menezes, 74 anos, dois dos quais vividos, com as dificuldades descritas, em branco. "Comecei a pintar aos 27 anos, e nem sabia mais qual era meu tom natural. Raspei o cabelo para uma peça e, quando cresceu, veio completamente branco. Ficou tão bonitinho, tão fashion. Parecia uma francesinha", lembra a atriz, que diz ter sido obrigada a voltar à tintura por motivos profissionais.
A defesa das sem-tintura é a principal bandeira da americana Anne Kreamer, 53, autora do livroMeus Cabelos Estão Ficando Brancos. Cansada de oscilar durante 25 anos entre tons que variavam do loiro ao berinjela, ela decidiu enfrentar o cabelo grisalho. Descobriu uma espécie de sociedade secreta das defensoras do cabelo branco. "Quase todos os dias recebo mensagem de alguém me agradecendo por ter escrito o livro", contou ela a VEJA. "No começo, eu me senti mais velha, sim. Mas descobri que as únicas pessoas que enganamos quando pintamos o cabelo somos nós mesmas. Fiz uma pesquisa e vi que, em geral, quando a mulher tem mais de 40 anos e pinta o cabelo, as pessoas lhe dão no máximo um ano a menos." A socialite carioca Gisela Amaral, 69 anos, assumidamente grisalha há seis, é mais dura na avaliação. "Sou tratada de senhora, sim. Mas acho que o branco dá categoria", avalia ela, que frequentemente ouve reclamações contra seu cabelo natural vindas das amigas que tingem – "Principalmente as que têm a mesma idade que eu".
Se em particular é complicado, em público fica mais difícil se assumir como representante do gray power, como os americanos chamam o pessoal, digamos, maduro, numa brincadeira com as manifestações de orgulho gay. "Você fica parecendo mais velha, sem dúvida. Com as rugas e o cabelo sem pintar, é inevitável. Mas eu adoro velho", avisa a atriz Cássia Kiss, que pretende cortar o cabelo bem curto em breve para voltar a assumir o grisalho ostentado por curto período, há seis anos. "Tenho um pé no naturalismo, gosto de ioga, não como carne, gosto das minhas rugas, então não foi difícil deixar o cabelo branco. Mas tem de ter um corte bonito." ...

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Confesso que diferente da Cássia Kiss  tive um pouco de dificuldade...
Mas hoje estou me sentindo melhor e as pessoas começam a elogiar a cor do meu cabelo...
Mas não acreditam que eu vou deixar meu cabelo ao natural...
Acho homem de cabelo branco um charme...
E por que mulher de cabelo branco é visto de uma forma tão diferente, será que somos manipulados pela sociedade de consumo que temos que gastar com tinturas....
Acredito na beleza interior das pessoas...
Não importa a cor do cabelo, seremos amadas pelo que somos...
Essas tintas quanto mal não devem fazer a nossa saúde???
Acho que devemos nos voltar mais para as coisas naturais...
Descobrir a beleza que vem da espiritualidade de cada pessoa...
Não vamos deixar que o materialismo nos iluda com suas propagandas...
E veja no vídeo abaixo que já tem várias pessoas assumindo os seus cabelos brancos....