sábado, 18 de setembro de 2010

Vida Minimalista!

Há cerca de um ano, o jovem fotógrafo Everett Bogue decidiu abandona tudo que tinha, incluindo um emprego estável em uma renomada revista norte-americana, para viver uma vida minimalista. Com apenas alguns itens na mochila e boas ideias na cabeça, ele percebeu que viver significa muito mais que comprar, e que é preciso muito pouco para ser feliz.
EcoDesenvolvimento: Por que você decidiu se livrar de todos os seus pertences?
Everett Bogue: Ano passo, no verão de 2009, eu decidi que não queria mais ter um emprego. Eu tinha um trabalho em tempo integral em Nova York havia três anos, e vi que aquilo não estava indo para lugar nenhum. Então, como qualquer pessoa razoável, eu pedi demissão com apenas US$ 3 mil no banco. Isso me levou ao minimalismo, porque eu tive que aprender a viver sem aquela fonte de renda.
Como você se sentiu naquele momento?
Eu comecei a perceber que na verdade eu até gostava de viver com menos coisas. E me senti maravilhosamente bem! Eu estava livre para fazer o que eu quisesse, e não precisava mais me preocupar em trabalhar o dia inteiro. Então eu decidi continuar vivendo dessa forma.
Como tem sido sua vida, desde então?
Incrível! Eu aprendi a trabalhar on-line, e agora ganho toda a minha renda do meu blog:http://www.farbeyondthestars.com/. A melhor parte de ser um minimalista é que isso te dá liberdade, quando você não gasta seu dinheiro com qualquer besteira, você começa a perceber o que é realmente importante para você. Nesse momento, eu estou trabalhando da varanda de um café, que é exatamente o que eu sempre quis fazer.
Como é a sua rotina?
Eu acordo, preparo um suco de frutas e saio de casa. Eu trabalho em alguma cafeteria por cerca de duas horas todos os dias. Geralmente eu alterno os locais de trabalho porque gosto de experimentar diferentes cafés. Depois, volto para casa, desligo meu computador, pego meu tapete de yôga e vou praticar. É muito relaxante e me deixa pronto para o dia seguinte.
O que seus amigos e familiares dizem sobre seu estilo de vida?
Muitas coisas diferentes! No princípio, as pessoas pensavam que eu estivesse louco, mas depois elas perceberam que eu realmente não preciso trabalhar o dia inteiro, como eles. Meu irmão mais novo pediu que eu lhe explicasse o que eu fazia para viver, e eu tentei explicá-lo que se você não compra muitas coisas, você pode, basicamente, fazer o que você quiser. É uma brecha da realidade.
Como você teve a idéia de escrever um livro sobre minimalismo?
Bom, eu comecei a bloggar sobre minha nova vida em outubro do ano passado, e para a minha surpresa, muitas pessoas começaram a ler. Eu sempre quis ser um escritor, mas todos sempre me diziam que isso era impossível. Então, eu apenas pensei que isso seria um projeto paralelo. Mas agora eu tenho 70 mil pessoas lendo e isso é muito mais do que eu preciso para sustentar a minha vida minimalista. Sendo assim, viva!
Como você imagina que o seu trabalho irá ajudar o mundo a ser um lugar mais sustentável?
Fazendo com que as pessoas percebam que elas podem ser mais livres se consumirem menos, elas perceberão que estilo de vida é diferente do modelo falido que é o “Sonho Americano” em que vivemos hoje.
Quais lições você tira dessa experiência?
Que não precisamos de tanto quanto pensamos que precisamos.
Fonte: http://www.portalibahia.com.br/blogs/ecodesenvolvimento/?p=1449
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Adorei a idéia! Mas não teria coragem de largar meu trabalho e viver assim...
Mas, tenho como objetivo na vida ter menos necessidades a cada dia...
Adquirir os bens materiais os mais baratos possíveis, por exemplo: o carro é 1.0 e o mais barato da marca que escolhi, roupas em promoção e direto da fábrica...
Quando compro roupas e sapatos tento tirar a mesma quantidade do guarda roupa e doar...
Muitas vezes compramos por impulso, parece um vício...
As pessoas vão comprando carros caros, roupas de marcas para simplesmente demonstrar o seu status social...
Valoriza-se o ter e não o ser...
Mas um dia o materialismo já não satisfaz e a vida precisa tomar outro rumo, que é o da espiritualidade...
Ficamos com a frase de Chico que diz:
“Sabemos que precisamos de certos recursos, mas o Senhor não nos ensinou a pedir o pão, mais dois carros, mais um avião... Não precisamos de tanta coisa para colocar tanta carga em cima de nós. Podemos ser chamados hoje à vida Espiritual... Tudo que criamos para nós, de que não temos necessidade, se transforma em angústia, em depressão...”

16 comentários:

  1. Burro, uma coisa é não consumir mais do que o necessário, outra bem diferente é viver só para si, como tem feito esse rapaz.
    Bj

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  2. Obrigado pelo carinho no blogblogs agora eu não estou mais sozinho

    e sobre o post foi uma ideia revolucionária dele procurar viver só com o necessário, ele foi bem radical na escolha dele já que não precisava tanto e no mais também sou como você consumo só o necessário!

    Abraços do amigo em fragmentos

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  3. Burrinho...
    Realmente precisamos de ficar mais leves.
    Na verdade o consumismo é bom para o sistema, não pra gente.
    Por isso as propagandas (que custam milhões) pra nos fazer acreditar que realmente precisamos disso e mais aquilo.
    O pior é que vamos internalizando essa necessidade e se, por algum motivo, não conseguimos atendê-la, ficamos desapontados.
    Show de bola este artigo, estava mesmo precisando refletir.
    Beijinho

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  4. Para mim isso é despreendimento e coragem.

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  5. Olá. Sempre me interessei por saber como é essa experiência de largar tudo... Mas acredito que apesar de trabalharmos ou estudarmos o dia inteiro, é possível ainda ter experiências tão transcedentais quanto a que ele teve...

    SObre esses aspectos do consumismo, mesmo antes de conhecer as teorias acerca disso, gostava de viver compoucas coisas. Me davam mais alívio e mais leveza pra viver e me organizar...

    Um beijo!!

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  6. Oi Feijó, não sei se teria coragem também. Meu marido fez isto, tirou 5 meses e meio para viajar pela Europa toda, largou emprego, universidade, casa só tinha uma bicicleta, uma muda pequena de roupa, feijão em lata e uma bíblia. Tenho certeza que isso ajudou a ser esta pessoa sensível e de um enorme senso de justiça que ele é hoje em dia. Por isso e muitas outras coisas mais eu o admiro para caramba! É preciso ter coragem sim segundo ele foi o tempo que ele ficou mais perto de Deus! Bjinhos

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  7. Com tanta propadanda consumista ao nosso redor, fico feliz de ler alguma coisa em sendido contrário.

    Parabéns pela postagem.
    Beijos!

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  8. Olá!
    Esse é um bom texto para reflexão. Será que realmente precisamos de tudo o que achamos que precisamos? Num mundo onde quase tudo tem um preço, essa é realmente uma escolha de vida bastante incomum.
    Abraços!

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  9. Interessante esse estilo de vida, agora se casar e tiver filhos ferrou,ne..rsrs??
    Minha querida, super obrigada pelo carinhoso comentário que você me deixou!!!Adoreei!!
    Beijocas!!

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  10. Olá, minha amiga! Tudo bem?

    Realmente, muita coragem. Sabe que às vezes penso, que nascemos inseridos nessa loucura que a sociedade prega, dias da semana, trabalho incessante, comprar a casa, o carro, casar, filhos... Seguimos regras desde que nascemos, seguindo a maré sem ao menos pensar se só existe este caminho.

    Bom ver que há pessoas que mostram que existem outros caminhos diferentes.

    Um abração!

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  11. Menina...
    Nem tô com vontade de comer tudo com a balança parada não viu?
    Pelo contrário, tô afim de não comer nada, pra que ela ande!!!
    Aiai!!!
    E vc?
    Bjim

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  12. Bem,eu não tenho muitas coisas.
    Mas trabalho o dia todo, estudo a noite(psicologia) e estou ai atento, Epicuro, ja dizia que não precisamos de "coisas" para ser feliz, e o que entendo que é bem verdade, não precisamos buscar sempre mais para ser feliz,k temos outras motivações, mas não devemos nos iludir a ponto de achar que um objeto externo nós trara a felicidade eterna.

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  13. Esse rapaz realizou o sonho que EU tenho...não gosto dessa sociedade consumista que vivemos... dessa coisa de darem maior importância "ao ter", e não "ao ser"...acho que viver devia ser mais do que "se conquistar coisas".Um dia consigo fazer o mesmo...morar no meio do mato...meio que isolada, "com discos e livros, e nada mais"...Beijo!Estava com saudade!

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  14. Contar uma "passagem da minha vida"...quando eu era adolescente, fugi da casa dos meus pais e fui viver em uma comunidade hippie nas bandas do Rio Grande da Serra...pensa em felicidade?(para mim, não, obviamente, para os meus pais...)kkk!

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  15. Parabéns!! Num mundo onde se paga por tudo e principalmente se valoriza muito o materialismo, é realmente uma lição sua história.
    Precisamos sim, parar de comprar tanto, e nos fixar em sermos mais simples em nossa vida, valorizando também a uniâo em família, o amor, a fraternidade..., enfim valores que hoje quase não ouvimos mais. N.Teresa

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  16. O Everett foi, com certeza, a principal pessoa que me acordou pro minimalismo.

    Hoje, graças a isso tudo, e a ele, criei meu site, para falar sobre este e outros assuntos para as pessoas que queiram, digamos assim, se "libertar" da materia e viver mais a vida real.

    E parabens por este post!

    abraço!

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